Liberdade de Expressão

 

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quarta-feira, abril 30, 2003

 
O Presidente e a economia

Jorge Sampaio diz que há mais vida para alem do orçamento. Poi há. E também há vida para lá do estado.

 
Primeiro estranha-se, depois entranha-se

Mecca Cola (via A Cagada)

 
Economia do Hidrogénio

O hidrogénio não é um substituto do petróleo. O hidrogénio não é uma fonte primária de energia. O hidrogénio tem que ser produzido a partir de uma fonte primária de energia como o petróleo, a biomassa, a energia solar ou a energia eólica.

 
Democracy, Whiskey, Sexy
By Dr. Frank

I don't have much in common with the man from old Najaf.
I think I understand him though I guess I could be off.
America is beautiful and flawed,
Inspiring, contradictory, and odd.

democracy, whiskey, sexy.
democracy, whiskey, sexy.

Did you see them pull the statue down how did it look to you?
Did you see them hit the picture of a monster with a shoe?
America was flying through the skies.
America was streaming from my eyes.

democracy, whiskey, sexy.
democracy, whiskey, sexy.

Our day is just his night, but I want him to be right.
So I'll drink to him
Please don't let him down.

Anything can happen, and it's complicated, but,
I can tell the future from a feeling in my gut.

democracy, whiskey, sexy.
democracy, Democracy, expedience, idealism, hope, sexy, whiskey.

Via Captain Mojo

 
Democracy, Whisky, Sexy

Chegou o mp3 . É necessário clicar em "Democracy, Whisky, Sexy".

terça-feira, abril 29, 2003

 
Redistribuíção e qualidade da Informação

O Cruzes Canhoto, ao responder aos meus posts resolveu fazer um resumo da minha posição:

"O Mundo é imperfeito, há ricos e há pobres, atingir a chamada justiça social é impossível por isso não vale a pena esforçarmo-nos. Os pobres não chegam à universidade e até andam a pagar o curso a quem lá anda e isso é que está mal. Mais vale dificultar o acesso dos pobres ao ensino superior, mesmo que seja o Alcino para a UBI (A UBI tem um ensino de qualidade! - Waldorf) a ser toda a gente a pagar o curso".

Claro que qualquer semelhança deste resumo com a minha posição é mera coincidência. Vou ter que explicar melhor:

Qualquer política redistributiva deve basear-se em informação de qualidade sobre os rendimentos de cada individuo. A informação disponível é imperfeita. Mas se o objectivo é mesmo atingir a chamada justiça social, o melhor é usar a informação imperfeita para criar um sistema de propinas diferenciadas do que ignorar essa informação e financiar o ensino superior através dos impostos. O sistema de propinas diferenciadas é sempre mais justo, apesar da imperfeição da informação existente porque:

  • os ricos que fogem aos impostos safam-se sempre qualquer que seja o sistema de financiamento. Se o ensino superior for financiado pelos impostos, eles não contribuem porque não declarando rendimentos, não pagam impostos. Se o ensino superior for financiado pelas propinas, eles não contribuem porque, não declarando rendimentos, ficam isentos de propinas;
  • quem não frequenta o ensino superior não o financia.

 
Qual é o problema ?

O Cruzes Canhoto teve a amabilidade de responder aos meus posts sobre o filho do jardineiro. Uma das respostas que eu achei mais intrigantes foi a seguinte:

A teoria de que o Estado financiaria as propinas dos mais desfavorecidos é poeira para os olhos, visto que toda a gente sabe que é facílimo a uma instituição arranjar todo o tipo de pretextos (Na UBI reina o rigor e a transparência! - Waldorf) para fechar a porta a alunos que não interessam.

Acho que o Cruzes Canhoto não percebeu como funciona o sistema de bolsas. Para a universdade é igual se o aluno é rico ou pobre. Se for rico paga propinas. Se for pobre, quem paga é o estado. Mas o dinheiro entra na universidade à mesma. Não há nenhuma razão para uma universidade excluir alunos com base no seu rendimento. As universidades continuam com os incentivos habituais para seleccionarem bons alunos.

 
O filho do Jardineiro III

Ao contrário do Cruzes Canhoto , eu não acredito que o ensino superior seja um direito inalienável de cada ser humano. Não acredito porque, como infelizmente vivemos num mundo imperfeito, o ensino superior tem custos. E quem o frequenta tira proveitos. Ora, tendo custos e gerando proveitos, é da mais elementar justiça que quem tira os proveitos seja também quem paga os custos. O que não é justo é que sejam aqueles que não tiram proveitos a pagar o ensino superior de quem os tira. Pois é precisamente isso que acontece quando o ensino superior é pago com o dinheiro dos impostos, pois os impostos são uma forma camuflada de passar recursos de determinados indivíduos para outros.

segunda-feira, abril 28, 2003

 
O filho do jardineiro II

Não tenhamos ilusões. O filho do jardineiro não anda na faculdade. Foi trabalhar quando saiu do 9º ano. Quem anda na faculdade é o filho do médio empresário e o filho do quadro médio da função pública. O filho do jardineiro está a trabalhar e paga impostos que vão servir para pagar a faculdade ao filho do médio empresário e ao filho do quadro médio da função pública. A propina que estes pagam é simbólica. Deve ser cerca de 10% do custo por aluno. A maior parte dos alunos do secundário nunca chegará a frequentar a universidade e os que a frequentam pertencem na sua maioria à parte da população com mais recursos. Isto significa que é possível que o ensino universitário dos ricos esteja a ser financiado pelos pobres.

 
O filho do jardineiro

O Cruzes Canhoto comentou uma das minhas bocas sobre propinas: "E como é que se vê o rendimento dos alunos? Pela declaração de IRS dos pais. Logo um filho de um pequeno e médio empresário tem as propinas pagas e o filho de um jardineiro municipal não. Pois..."

Este é um argumento interessante: como a declaração de IRS não é um bom indicador de riqueza não é possível destinguir quem precisa de isenção de propinas e quem não precisa. Sendo assim, é melhor que o ensino público seja pago pelos impostos do que pelas propinas. Mas pera lá, os impostos não se baseiam precisamente na mesma declaração de IRS? E pela mesma ordem de razões, não era mais justo que os impostos fossem iguais para todos e independentes da declaração? É justo que o jardineiro pague muito mais impostos que o pequeno e médio empresário? O mundo, infelizmente, é imperfeito e não existem métodos perfeitos para avaliar a riqueza de cada um, mas se o objectivo é a chamada justiça social, então os métodos imperfeitos são muito melhores que método nenhum.

 
O Mundo não é perfeito

" Solução? Não há solução. Esta ideia de que tudo tem uma solução ainda nos vai custar caro. Existem coisas sem solução."

dito pelo Maradona


 
Saddam tinha ligações à Al Qaeda

link

 
Correspondência em atraso

Eu sei que ainda não respondi aos vossos emails.

 
Casa da Música

Obra emblemática do Porto2001, estará pronta a tempo do Euro2004.

 
Liberal do Dia

António Barreto, por insistir em reformas que atribuam mais Liberdade e mais Responsabilidade aos agentes educativos. Por compreender o poder subversivo da Liberdade.

 
Hipocrisia Infinita

A demonização do adversário é um processo tão antigo como o debate político, e Revel não é o único perito na matéria.

Francisco Louçã e Jorge Costa em "A Guerra Infinita", pág. 18


O governo dos EUA, encabeçado por homens e mulheres de extrema-direita, alimenta o fundamentalismo cristão e mesmo ideias de pureza rácica.

Francisco Louçã e Jorge Costa em "A Guerra Infinita", pág. 59

 
Altruismo II

Segundo a Ordem dos Médicos Dentistas, há demasiados dentistas em Portugal.

 
Pacto de Estabilidade

A Causa Liberal tem um artigo convincente sobre o Pacto de Estabilidade.

domingo, abril 27, 2003

 
Altruismo

A associação de empresas de construção civil é contra os cortes do investimento do estado em obras públicas.

sábado, abril 26, 2003

 
Já não se usa

Chamar "fascistas" aos nossos adversários, para alem de deselegante, não é verdade e já passou de moda.

 
A extrema esquerda festeja o quê? II

Depois de ler os relatos das manifestações de ontem percebi finalmente que a esquerda (extrema ou moderada) não festeja nada. A esquerda protesta contra os resultados da democracia. Esta não é a democracia deles. A esquerda aproveita o 25 de Abril para protestar contra as decisões de um governo democraticamente eleito como se essas decisões fossem ilegitimas.

 
25 de Abril

É um erro estratégico deixar aos inimigos da Liberdade o monopólio das celebrações do Dia da Liberdade.

 
Carmela

Que terá acontecido à pobre Carmela?

11:15 da manhã

 
A extrema esquerda festeja o quê?

O Intermitente e o Valete Frates fazem uma pequena história do 25 de Abril e do PREC. A pergunta que fica é: se o PREC correu tão mal à extrema esquerda (as eleições são uma chatice), no dia 25 de Abril a extrema esquerda festeja o quê? O Portugal que o 25 de Abril originou é muito diferente do Portugal que eles desejavam.

quinta-feira, abril 24, 2003

 
Revolução

Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta

como puro inícío
Como tempo novo
Sem mancha nem vício

Como a voz do mar
Interior de um povo

Como página em branco
Onde o poema emerge

Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação

Sophia de Mello Breyner Andreson
27 de Abril de 1974

 
Voto secreto

O voto secreto é um instrumento, não é um fim em si mesmo. É um mal necessário que tem como objectivo dar liberdade a quem é vulnerável às pressões dos seus pares. Mas tem um custo: desresponsabiliza o eleitor perante os seus pares. O voto secreto não faz pouco sentido num congresso partidário porque os delegados não estão lá em representação de si próprios, mas das bases que votaram neles. Essas bases têm o direito de controlar o voto do seu delegado.

 
A culpa é do Animal

O Animal dos Marretas é que começou a falar das ordens profissionais.

 
O problema das ordens ...

é que elas não são simples associações de Homens livres. O problema é que elas têm o monopólio de parte do espaço público e as suas decisões sobre esse espaço público afectam toda a população e não apenas os seus membros.

 
Estado Corporativo

Ordem dos Advogados
Ordem dos Médicos
Ordem dos Engenheiros
Ordem dos Economistas
Ordem dos Arquitetos
Ordem dos Enfermeiros
Ordem dos Médicos Dentistas
Ordem dos Farmacêuticos
Ordem dos Médicos Veterinários
Ordem dos Revisores Oficiais de Contas
Ordem dos Frades Menores Capuchinhos

quarta-feira, abril 23, 2003

 
Reforma do Ensino Superior

Os relativos resolveram criticar a reforma do ensino superior proposta pelo Ministro Pedro Lynce. O ministro pretende aumentar as propinas e dar liberdade às universidades para fixar as propinas entre um valor mínimo e um valor máximo. Este valor máximo está, aparentemente por razões de constitucionalidade, muito longe do custo de cada aluno. Esta liberdade incomoda. Incomoda porque a liberdade para fixar o preço das propinas favorece as universidades que melhor servem os alunos e prejudica as que pior os servem. Uma boa universidade tem mais procura e pode cobrar mais. Podendo cobrar mais pode reinvestir mais, crescer e melhorar ainda mais. Esta é uma medida que promove o mérito e é isso que mete medo.

E não adianta argumentar que as melhores universidades vão ficar reservadas aos mais ricos. O estado é que financia as propinas dos alunos com mais dificuldades económicas.

 
George Galloway

George Galloway é um deputado inglês que foi um forte opositor à guerra e fez uma viagem a Bagdade em 1999 e para entregar medicamentos. Está a ser acusado de ter recebido 375,000 libras do governo iraquiano para promover os interesses iraquianos no Reino Unido. A acusação baseia-se em documentos descobertos pelo Daily Telegraph em Bagdade. Galloway diz que os documentos são falsos. Via Andrew Sullivan e Istapundit

 
Guerras do Véu

O estado deve ser laico porque nem os recursos de uns devem servir para promover a religião de outros, nem a força da lei deve servir para promover a religião ou o ateísmo de alguns. A religião é um assunto pessoal com consequências exclusivamente pessoais e não há razão nenhuma para se fazer dela um assunto de estado. Por este motivo, o estado deve ser neutro no que às questões religiosas diz respeito. Isto também significa que o estado não deve promover nenhuma religião nem sentimentos anti-religiosos, nem o agnosticismo ou o ateísmo. Tudo isto a propósito das Guerras do Véu em que os franceses se costumam envolver.

Segundo o Público:

O ministro [do interior de França] abordou uma questão ultra-sensível em França, ao afirmar que, em nome do princípio intangível da laicidade da República, é obrigatório para as mulheres muçulmanas apresentarem fotografias de cabeça nua - ou seja, sem estarem cobertas pelo véu islâmico - para os documentos de identidade. "Uma obrigação imposta também às freiras católicas", acrescentou.

Ou seja, passa a ser a Liberdade Individual, nomeadamente a Liberdade que cada um deve ter de usar os símbolos religiosos que bem entender, que está sujeita ao princípio da laicidade da República Francesa. O problema é que a laicidade do estado devia ser um instrumento para preservar a liberdade religiosa e não um instrumento para a limitar.

terça-feira, abril 22, 2003

 
Mohammed Saeed al-Sahaf

Ainda há duas semanas, o Ministro da Informação do Iraque era, aos olhos de muitos jornalistas portugueses, uma fonte credível.

 
Limitação de mandatos

O tempo corrompe.

 
Números Mágicos

Mesmo antes de as ONGs chegarem ao terreno, já lhes eram atribuídas estimativas sobre o número de mortes civis durante a guerra: 10 mil mortos. Esta estatística foi repetida pelo Fernando Rosas na sua última crónica e por Fernando Nobre da AMI (este antes de partir para o Iraque). Curiosamente, os números dos próprios iraquianos apontavam para menos de 3000 civis mortos. Mas as ONGs que não estão no terreno, que provavelmente não têm capacidade para cobrir todo o território e que têm mais que fazer do que contar mortos, já têm um número mágico para atirar à imprensa: 10 mil mortos. Curiosamente o mesmo número que contabilizaram no Afeganistão.

segunda-feira, abril 21, 2003

 
É a economia

Tudo indica que os Infames são de esquerda no que à economia diz respeito. Por isso é que chumbaram no teste. Quando resolverem escrever sobre economia, o assunto ficará esclarecido.

 
Helena Matos

As Sibilas

domingo, abril 20, 2003

 
Daniel Deusdado

Sempre que ouço falar de economia de mercado, lucro, capitalismo ou empresas privadas, puxo logo da pistola .

 
Uma mentira mil vezes repetida … II

Por falta de sabedoria, quando estalou a revolução islâmica no Irão, os EUA consagraram Saddam Hussein: instigaram-no, deram-lhe armas, dinheiro e perícia para a guerra. O ditador derrubado é uma criatura do pragmatismo dos EUA […]
Frei Bento Domingues (link)


 
Repitam comigo

Os contratos de que estão a ser atribuídos a empresas americanas são pagos com dinheiro dos contribuintes americanos.
Os contratos de que estão a ser atribuídos a empresas americanas são pagos com dinheiro dos contribuintes americanos.
Os contratos de que estão a ser atribuídos a empresas americanas são pagos com dinheiro dos contribuintes americanos.
Os contratos de que estão a ser atribuídos a empresas americanas são pagos com dinheiro dos contribuintes americanos.


Conclusão: Os contribuintes americanos estão a pagar a reconstrução do Iraque, mas provavelmente não são totalmente masoquistas. Preferem que o seu dinheiro seja pago a empresas americanas do que a empresas francesas ou russas. Os restantes contribuintes devem preocupar-se com o destino dos seus próprios impostos.

 
Adivinhando o passado

Não falta quem defenda que o saque do Museu de Bagdade foi previsto antes dele acontecer. O Liberdade de Expressão procura artigo de jornal, de preferência escrito por intelectual português, que tenha previsto o saque do Museu de Bagdade na sequência do caos instalado após a queda do regime sadamita.

 
Círculos Uninominais I

Num sistema eleitoral com círculos uninominais cada eleitor conhece o deputado em quem vota. Se o sistema permitir a participação de candidatos independentes, os candidatos nem sequer precisam de pertencer a um partido para serem eleitos. Os nomes dos deputados podem ser escolhidos pelo povo e não pelas direcções partidárias. O centralismo democrático torna-se irrelevante porque o poder deixa de pertencer às direcções partidárias e passa a pertencer ao eleitor. A não ser que os partidos sejam masoquistas, quem passa a ter poder dentro dos partidos são aqueles que ganham eleições e não aqueles que controlam o aparelho. O problema não é a organização interna dos partidos, mas o sistema eleitoral.

 
A esquerda não tem soluções para o Iraque

Se tem, eu gostava de as ouvir. Estado federal? Democracia comunitária? Ditadura do proletariado? Democracia popular? Para já, a esquerda só tem dúvidas. A única aspiração da esquerda é ser uma espécie de consciência moral? Os outros que sujem as mãos?

 
Democracia Liberal

Uma democracia liberal não é uma ditadura da maioria.

sexta-feira, abril 18, 2003

 
Uma mentira mil vezes repetida...

Não podemos esquecer que foram os americanos [...] que armaram o ditador Saddam Hussein[...]

Eduardo Prado Coelho ( link)


Pois ... Deve ser por isso que os iraquianos estavam armados com Migs, os Mirages, Gazelles, Ts-55 e Scuds.

quinta-feira, abril 17, 2003

 
O Mundo não é perfeito

Criança baleada num infantário em Queluz

 
Nem optimismo nem pessimismo

A propósito das opiniões na Coluna sobre optimismo e pessimismo, gostava de dizer "realismo".

Um decisor político deve defender a liberdade a que os individuos que representa têm legitimamente direito. Para o fazer, ele tem que se basear numa visão tão correcta quanto possível da realidade. As decisões baseadas em preconceitos pessoais, sejam optimistas ou pessimistas, só por acaso é que são acertadas. Um decisor político não tem o direito de pôr em risco a Liberdade dos seus eleitores por causa dos seus preconceitos. Nem tem o direito de impôr os preconceitos da maioria dos seus eleitores à minoria.


quarta-feira, abril 16, 2003

 
Saramago

Sequestrar e desviar navios é um crime em qualquer parte do mundo. Prender adversários políticos por crime de opinião só o é nas ditaduras. Com tanto por onde escolher, porque é que o Saramago resolveu romper com Cuba precisamente por causa de um caso que, para alem de questões políticas, envolve crimes comuns?

 
Sinal horário

São 23:50 em Lisboa, 1:50 em Damasco.

 
Dia mundial da Voz

Hoje é dia mundial da Voz.

 
O Iraque não tinha ligações ao terrorismo internacional

Os americanos é que plantaram o Abu Abbas nas imediações de Bagdad para o prenderem de seguida.

terça-feira, abril 15, 2003

 
As Bombas Inteligentes acertam sempre

Bom dia, João Miranda

Cliquei no link ao mapa bidimensional que sugeriu e fiz o teste para saber de uma vez por todas o que sou: autoritária ou libertária, de direita ou de esquerda. O resultado foi: libertária de direita, com a bolinha muito
próxima do centro (mais próxima do que a do Charles Kennedy em 1996). Podia explicar-me o que isso quer dizer?

Saudações bloguistas,
Charlotte



Charlotte,

Só não percebi onde acertou. No centro do mapa, ou no centro do quadrante da direita libertária?
Se foi perto do centro do mapa, então a Charlotte é uma centrista e devia votar no Centro Democrático e Social. O seu político de eleição é o Freitas do Amaral. Ele sempre disse que estava rigorosamente ao centro. A sua resposta a toda e qualquer pergunta política é "Nim" ou "depende". É uma moderada por natureza e não vai em extremismos. Não se percebe por isso o seu interesse em dar uma lição à Síria.
Mas eu não acredito nisto. A Charlotte deve ter acertado no centro do quadrante da Direita Libertária (ao lado e á direita do Charles Kennedy 1996, certo?). Nesse caso a Charlotte passa já para o Quadro de Honra do Liberdade de Expressão. É cá das nossas. Defende quer a Liberdade pessoal quer a liberdade económica. Mas diga-nos, acredita que a Liberdade é o melhor meio para atingir determinados fins, ou acredita que a Liberdade é um bem em si mesmo e que ninguém tem o direito de coagir os outros para atingir os fins que julga necessários?
A propósito, eu acertei ao lado e á direita do Charles Kennedy 1996. As minhas coordenadas são (4.25,-4.87). Infelizmente, o teste tem alguns falsos dilemas.

 
Liberalismo e casamento, Liberalismo versus colectivismo


Caro João,

Obrigado pelos seus (teus?) comentarios ao meu post na Coluna Infame. Concordo que nao articulei os meus argumentos da melhor maneira, mas deixe-me clarifficar alguns pontos:

1. O objectivo explicito do Liberalismo nao e de maximizar o bem estar colectivo. Contudo, implicitamente, e-o, porque assume que os individuos, sendo livres, fazem mais pelo seu proprio bem-estar (sedno, claramente, responsaveis pelas suas atitudes e accoes). Se a funcao de utilidade social
(se e ' que existe essa coisa) for composta do somatorio dessas utilidades, entao o Liberalismo maximiza de facto essa funcao (acho que isto foi expresso por Bentham, mas honestamnete nao me lembro, nem quero, refugiar-me
cobardemente atras da citacao de alguem possivelmente mais conhecido que eu).

2. Tem toda razao num ponto: porque razao pais casados tem mais obrigacoes que pais solteiros? Confesso que nao pensei seriamente sobre isso, e isso e' de facto importante.

3. Nunca disse que um contrato nao pudesse ser quebrado por mutuo acordo.
Apenas disse que quando apenas uma das partes quebra esse contrato, deve ser-lhe imposto um custo (como, em qualquer contrato, caso contrario eles passarao a ser totalmente vazios de significado).

4. Afirma que o Estado limita a liberdade contratual. Ainda que reconheca que essa atitude possa ser paternalistica (e, nesse sentido, nao liberal), acho que as leis do casamento tiveram sempre mais em atencao as partes que
nao tem voz (menores). Ou seja, o Estado substituiu-se aqueles que nao tinham voz legal. E volta a perguntar, com toda a razao, e entao os pais solteiros? Continuo a pensar numa resposta...

E a primeira vez que entro no Liberdade de Expressao. Acho que em Portugal o pensamento liberal (com o qual mais me tendo a identificar, mas nao me considero de modo algum um radical), esta sub-representado. Qualquer forum de discussao sobre estes temas e bem-vindo.

Andre Faria (Chicago)


André,

Estamos certamente de acordo em muitos pontos. Tenho apenas dois comentários:


  • Embora os liberais tendam a acreditar nisso, não é certo que o liberalismo maximize o somatório das utilidades pessoais. Por exemplo, se redistribuires a riqueza do Bill Gates contra a vontade dele por milhares de pobres, a infelicidade do Bill Gates é largamente compensada pelo aumento de felicidade dos pobres que receberem o dinheiro. Mas essa não é uma medida liberal.
  • O Liberalismo funciona muito bem quando falamos de relações entre pessoas adultas. Quando falamos de menores as coisas complicam-se. Por exemplo, quem deve ter a responsabilidade de educar os menores, os pais ou toda a sociedade? Quem tem legitimidade para agir se os pais atentarem contra os direitos de uma criança? Quem deve tomar o lugar dos pais nesse caso?

 
Armas de destruição em massa

A ala esquerda da Blogosfera pergunta pelas armas químicas e biológicas. Ainda é cedo para se concluir que elas não existem, mas o Fernando Rosas já disse que se elas aparecerem daqui para a frente é porque os EUA as plantaram lá.

segunda-feira, abril 14, 2003

 
A Paz é a Paz em qualquer parte do Mundo

Sábado foi dia de Manif, "pela Paz contra a Guerra". Os manifestantes protestaram contra a guerra no Iraque e contra a ocupação americana do país. Não consta que tenham protestado contra a ocupação do Saara Ocidental, contra a guerra no Congo, contra a guerra civil na Liberia, contra a guerra na Costa do Marfim ou contra a guerra no Sudão.

 
Mais agradecimentos

Tentanto pôr os agradecimentos em dia, quero agradecer ao Complô, ao Claudio Tellez e ao Cruzes Canhoto por terem citado/recomendado o Liberdade de Expressão. Os agradecimentos continuam dentro de momentos.

 
Liberalismo não é o mesmo que colectivismo

O liberalismo não tem como objectivo maximizar o bem estar da sociedade. Não defende que o estado deve condicionar a sociedade através da lei para atingir um qualquer óptimo social. As correntes políticas colectivistas, como o comunismo ou o fascismo, é que submetem as liberdades individuais ao bem da sociedade como um todo (seja lá o que isso for). O liberalismo defende que cada individuo deve gerir a liberdade a que tem direito para atingir os objectivos que entender (respeitando, obviamente, as responsabilidade assumidas e igual liberdade dos outros); e defende que uma sociedade composta por individuos livres será sempre melhor que uma sociedade dirigida.

 
Liberalismo e casamento

Não me quero meter muito neste assunto. Vou só fazer alguns comentários na sequência que do email do André Faria publicado na Coluna Infame:

  • o liberalismo defende que os contratos são para cumprir;
  • quem quebrar um contrato deve sofrer as consequências previstas no mesmo contrato;
  • a lei não deve ter efeitos retroactivos: as consequências de um contrato não devem ser alteradas a meio do contrato;
  • as leis de casamento limitam a liberdade contratual. Parecem servir para que o estado possa dirigir a sociedade. Impedem que cada um faça o contrato que mais lhe convier;
  • os contratantes devem poder quebrar um contrato por mútuo acordo;
  • se é possível ter filhos fora do casamento e se o casamento é um contrato entre dois adultos, como se justifica que os divórcios sejam limitados em nome dos direitos dos menores? Porque é que as pessoas casadas têm mais obrigações em relação aos filhos do que os pais solteiros?
  • pessoas adultas que fazem sexo por sua livre e expontânea vontade são responsáveis pelas consequências dos seus actos, inclusivé pelos eventuais filhos que possam nascer;

domingo, abril 13, 2003

 
Nem de direita nem de esquerda

No actual espectro político português, os liberais não são nem de direita nem de esquerda. Precisamos, não de um espectro, mas de um mapa bidimensional. O Pedro Mexia diz na Coluna que os Libertários Americanos são de direita. Mas essa classificação confunde mais do que esclarece. A direita está conotada (bem ou mal) com a opressão da liberdade individual (sexual, por exemplo) e com a liberdade económica (embora muita da direita seja Keynesiana). Os libertários defendem quer a liberdade individual quer a liberdade económica.

sábado, abril 12, 2003

 
Liberdade é também a liberdade de ir ao MacDonalds

Mas há sempre quem pense que não é. Há sempre alguém que pensa que tem o direito de decidir a dieta alimentar dos outros.

Uma citação: But that joy could turn to sorrow, anti-war protesters warn, when the Iraqis begin to see their country adopt western cultural values.

 
Dominó Democrático

Estados Unidos cortam fornecimento de petróleo à Síria que era feito através de um oleoduto iraquiano.


 
A guerra vista pelos Árabes

Ou dito de outra forma, os Árabes não são parvos. A julgar pelos recortes de imprensa, as sociedades árabes não são monolíticas. São tão complexas e contraditórias como qualquer outra sociedade. Ou talvez mais. E eles aprendem com a realidade. Alguns estão mesmo a reflectir sobre o que se passou em Bagdade.

 
Ironia hipotética

E se o Saddam Hussein e um pequeno grupo de fieis da Guarda Republicana Especial tomassem o poder na Síria.

 
Começou o ciclo virtuoso da Liberdade

O Irão quer estabelecer relações comerciais com o Iraque.

 
Síndrome de Estocolmo

A Síndrome de Estocolmo explica muita coisa. Explica porque é que as vítimas de rapto acabam por ajudar os seus captores, explica porque é que a vítima se pode tornar num agressor, explica porque é que os jornalistas do Hotel Palestina fazem o jogo dos seus controleiros, explica porque é que alguns portugueses têm saudades do Salazar e porque é que outros ainda não abandonaram os esquemas mentais salazaristas e explica porque é que os ditadores como Fidel e o Saddam são tão fascinantes para alguns. A ditadura pode alterar gravemente as faculdades mentais. Mas leiam a Helena Matos, ela é que sabe.

 
Colunista do Dia

Helena Matos. A Helena Matos percebe muito bem o que é uma ditadura. A não perder, todos os Sábados no Público.

 
Web Liberal II

A Causa Liberal é uma associação portuguesa para o estudo, debate e divulgação do Liberalismo Clássico.

 
Web Liberal

O JunkScience desmonta os argumentos falaciosos e desinformados dos ecologistas e da defesa do consumidor.

PS - Dificil de ler e de interpretar porque nem sempre se percebe quais as notícias com que o autor concorda e quais aquelas de que discorda.

 
Falacia do Homem de Palha

Definição: É a técnica de descrever enganosamente ou de deturpar as idéias do oponente (a fim de destruí-las mais facilmente), para em seguida atacar essas idéias e concluir que foram demolidas. É uma falácia porque deixa de lidar com os argumentos verdadeiros feitos pelo oponente.

Exemplo: "Para minha surpresa, hoje, numa atitude indigna, em Portugal há quem se mostre muito contente com o estado em que está o Iraque. Não deixa de ser surpreendente o fascínio da direita com o autêntico pré-leviatã que se vive em Bagdade." Lido nos Relativos

Entretanto, o Pedro Mexia escreveu na Coluna: "não achamos que tudo está bem agora, mas que, pelo contrário, há imenso por fazer, com imensas dificuldades e perigos"

sexta-feira, abril 11, 2003

 
Honestidade Intelectual

The prison in question is at the General Security Services headquarters, which was inspected by my team in Jan. 1998. It appeared to be a prison for children — toddlers up to pre-adolescents — whose only crime was to be the offspring of those who have spoken out politically against the regime of Saddam Hussein. It was a horrific scene. Actually I'm not going to describe what I saw there because what I saw was so horrible that it can be used by those who would want to promote war with Iraq, and right now I'm waging peace.
Scott Ritter, ex-inspector da ONU, à Time via Andrew Sullivan, respondendo à pergunta "You've spoke about having seen the children's prisons in Iraq. Can you describe what you saw there?"

 
Biblioteca Liberal

Al Qaeda’s Fantasy Ideology

 
Insultuoso foi o 25 de Abril ter demorado tanto tempo

"Repudiamos vivamente a comparação que é feita [da libertação iraquiana] com o 25 de Abril. É insultuoso para as Forças Armadas e para o povo português e para todos aqueles que ao longo de dezenas de anos lutaram contra a ditadura sem apoio do exterior."

Vera Jardim


Um argumento muito repetido nos comentários lá para as bandas dos Relativos e do Blog de Esquerda diz que os povos devem libertar-se a si próprios. É uma perspectiva nacionalista e colectivista que não faz sentido nenhum. Não são os povos que têm direito à Liberdade. Os individuos é que têm. O nacionalismo funciona como mais uma forma de opressão e aqueles que pensam que mais vale ser oprimido por um compatriota do que libertado por estrangeiros ainda não se libertaram totalmente do salazarismo.

quinta-feira, abril 10, 2003

 
Os mortos não ganham batalhas

Os relativos comparam as baixas americanas na Segunda Guerra Mundial (295,000) com as baixas soviéticas (25 milhões) para relativizar o papel dos EUA na libertação da Europa. O problema deste cálculo é que é preciso acertar o zero: na União Soviética, o próprio regime matava milhões de pessoas em tempo de paz e continuou a matá-las em tempo de guerra enviando-as para ataques verdadeiramente suicidas. O respeito pela vida é muito maior nas ditaduras do que nas democracias, como ficou mais uma vez provado no Iraque.

 
Rogeirisses falhadas II

Novo Vietname.
Nova Stalinegrado.
O povo em armas defenderá a sua pátria da invasão estrangeira.
A guerra foi mal planeada.

 
Lições da Guerra III

Ditadores e megaterroristas são a favor do martírio dos outros, mas não do martírio de si próprios.

 
Lições da Guerra II

Os arabistas andaram a dormir. Só é possível saber o que cada um realmente pensa se as pessoas viverem em Liberdade. Os árabes não vivem em Liberdade, logo são uma imensa maioria silenciosa. E quando a liberdade chega, eles parecem querer o mesmo que nós: democracia, whisky e sexy!!

 
Lições da Guerra I

O debate foi pobre. E não estou a falar das conversas de café. Estou a falar dos senadores, dos deputados e de outros políticos profissionais. Há muitos a precisar de refrescar a cultura geral, de aulas de lógica informal, de estágios no estrangeiro ou de assessores competentes.

 
Em negação

Muita gente ainda está na fase da negação: Soares fala das centenas de milhares de mortos e Maria de Lurdes Pintasilgo diz que os EUA são dos países industrializados com taxa de desemprego mais elevada e por isso os jovens são obrigados a ir para o exército. Outros comentários por vários autores: no 25 de Abril não tivemos pilhagens; são muito poucos os iraquianos que se manifestam, mas muitos os que ainda combatem; não apanharam o Saddam; não encontraram armas químicas, mas se encontrarem é tudo invenção; vencer o Iraque é fácil, contruir a democracia é que vai ser difícil; é a substituição de uma ditadura por outra; não é surpreendente que um povo habituado a bater palmas a quem tem as armas na mão, as guarde agora para os americanos que se substituíram a Saddam nesse papel;os Estados-Unidos nunca mexeram uma palha com o único propósito de libertar alguém.

quarta-feira, abril 09, 2003

 
Rogeirisses falhadas I

A invasão do Iraque causará milhões de mortos.

 
Rogeirisse do dia

Os bigodes vão deixar de estar na moda no Iraque.

 
Democracia iraquiana começa mal

Os americanos é que vão derrubar a estátua do sósia do Saddam! Tirem a bandeira americana, tá bem!?

 
Os jornalistas também foram libertados

Os controleiros iraquianos que vigiavam o Hotel Palestina derreteram. Ficamos à espera das boas reportagens.

 
Cuidado!

Todas as cartas à Querida Liberdade são inventadas. Não temos assim tanto correio.

 
Obrigado pelas Boas Vindas

Vários Blogs deram as Boas Vindas ao Liberdade de Expressão. Agradecemos ao Valete Frates , ao Intermitente à Bomba Inteligente e aos Marretas . Os agradecimentos seguem dentro de momentos. As respostas aos emails pessoais também.

 
Serei um Liberal?

Querida Liberdade,

Sempre me considerei de esquerda e sempre fui contra a guerra. Acho que a guerra não resolve os problemas da humanidade. Acho mesmo que a guerra agrava os problemas da humanidade. Tendo lutado contra esta guerra pelos meios ao meu alcance, estou neste momento com sentimentos contraditórios. Ao assistir na televisão à celebração da Liberdade, em Bagdade, em Bassorá, em Nasíria, em Najaf, dei por mim a compartilhar da alegria infinita que os iraquianos sentem neste momento. Serei um liberal?

Vasco


Caro Vasco,

Todos os Homens amam a Liberdade, mas nem todos os que amam a liberdade são liberais. Não sei como dizer isto da forma mais elegante possível, mas se calhar só é de esquerda quem, amando a Liberdade, não está disposto a pagar o preço que ela tem num mundo que não é perfeito. Se calhar você é mesmo de esquerda. Não se sinta culpado por compartilhar das alegrias da Libertação. O liberais não têm monopólio de nenhuma das comemoração da liberdade. Repare como somos tolerantes para os comunistas que celebram o 25 de Abril.

Beijinhos da sua,
Querida Liberdade

terça-feira, abril 08, 2003

 
As crianças também amam a Liberdade

Durante anos Os Relativos dormiram bem de noite enquanto no Iraque Saddam forçava crianças a alistarem-se em forças paramilitares. Muitas foram presas. Agora, graças a uma operação militar com que Os Relativos provavelmente não concordam, algumas dessas crianças foram libertadas e estão felicíssimas .

 
Todos os Homens amam a Liberdade

Saad Ahmed, iraquiano de Bassorá: "We have been waiting for you for a long time. We are now happier than you.You are victorious as far as the war is concerned, but we are victorious in life. We have been living, not as human beings, for more than 30 years." Via InstaPundit.

 
A Síria pode esperar

A Bomba Inteligente diz que a Síria está a pedi-las. Também concordo. E o Irão e a Arábia Saudita e muitos outros. Mas problemas diferentes têm soluções diferentes. O que é preciso agora é construir a paz da mesma forma determinada como foi feita a guerra. Depois logo se vê …

 
O Liberal da Semana

Adão Fonseca do Fórum para a Liberdade de Educação teve direito a uma minúscula notícia no Público de ontem por defender que as escolas devem poder escolher os seus docentes e que é necessário libertar a escola do estado.

 
Onde param os ultraliberais

Nunca mais ouvi falar do Pedro Arroja, português, nortenho, académico e defensor da privatização dos tribunais e da polícia.

segunda-feira, abril 07, 2003

 
Não estamos a falar do amarelo

Alguém tem que explicar a alguns jornalistas que o Ministro da Informação do Governo Ilegítimo do Iraque não representa um ponto de vista pessoal sobre questões subjectivas. O que conta é a concordância entre o que ele diz e os factos pelo que o homem está mesmo a mentir.

 
Fomos Colunados

O Pedro Mexia teve a simpatia de citar o Liberdade de Expressão. Muito obrigado!

 
Balas de borracha em Oakland

A leitora LS teve a gentileza de nos enviar a mensagem seguinte:

Gostaria de ver o seu comentário, no Liberdade de Expressão, à notícia que acabo de receber através do Yahoo!News sobre a manifestação de domingo,6,em Oakland. Cerca de 750 manifestantes contra a guerra ao Iraque foram dispersados recorrendo ao disparo de balas de borracha. Alguns dos participantes sofreram ferimentos ligeiros, segundo a Reuters.

Cara LS,

Num estado liberal, cada individuo tem direito quer a manifestar-se contra o que quer que seja, quer a circular livremente no espaço público, quer à sua propriedade. Nenhum manifestante tem o direito de se manifestar de forma violenta violando os direitos à propriedade ou à livre circulação. Quando estes direitos são violados, a polícia tem o dever de intervir para repor os direitos dos lesados. Por outro lado, não devemos ser ingénuos ao ponto de pensar que todos os manifestantes são pacíficos. Há manifestantes que não o são e que vão para estas manifestações precisamente com o objectivo de provocar incidentes como estes.

O julgamento sobre este caso só pode ser feito se soubéssemos o que de facto aconteceu em Oakland. O artigo da Reuters não explica muito bem o que se passou e este artigo sugere que os manifestantes violaram os direitos de terceiros. Se os direitos de terceiros foram efectivamente violados então é possível que a polícia tenha agido correctamente. Falta saber se o uso da força foi apenas o necessário para restabelecer os direitos violados. Caso os manifestantes não tenham violado os direitos de ninguém então a polícia não agiu correctamente e os responsáveis devem ser punidos.

 
Ali, o Químico ...

... Morreu pela quarta vez e ameaça estar vivo. Não é justo. Se todos os Homens nascem iguais, porque é que uns têm direito a morrer mais vezes que os outros? Cada um dos curdos de Halabja só morreu uma vez.

 
Agradecemos …

… ao Ministro da Informação do Governo Ilegítimo do Iraque por demonstrar de uma forma tão eloquente as vantagens de um mercado livre das ideias e da informação. Não precisava de exagerar.

 
O que é a Liberdade?

Perguntaram a um iraquiano o era a Liberdade. E ele respondeu: "Democracy, Whiskey. And sexy!". Isto, meus senhores, é a Liberdade!

 
A Liberdade é a Liberdade em qualquer lugar do mundo

Mesmo em Karbala.

 
E agora ...

... só falta acabar o Serviço Militar Obrigatório e a doação de órgãos sem consentimento do doador.

 
Imposto Sucessório

O Liberdade de Expressão também concorda com o fim do Imposto Sucessório. Não estamos à espera de herança. Não percebemos porque é que só os herdeiros directos é que são beneficiados. Coitadas das amantes.

 
Liberalismo

Corrente política que defende o princípio da não iniciação da força e o respeito pelos contratos e pela propriedade privada.

domingo, abril 06, 2003

 
O Mundo não é Perfeito

Cerca de 1000 pessoas foram mortas na República Democrática do Congo em conflitos tribais. Ficamos sem saber se existiam civis, mulheres ou crianças entre as vítimas ou se as imagens dos mortos e feridos passaram na televisão.

sábado, abril 05, 2003

 
Liberdade Editorial

Querida Liberdade,

Escrevi um artigo demolidor que destrói todos os amanhãs que cantam e enviei-o para o Jornal do Avante. Até hoje não foi publicado. Não é isto uma violação da minha Liberdade de Expressão?

Sinceramente,

FH


Caro FH,

A Liberdade de Expressão é, como todas as liberdades liberalmente correctas, uma liberdade negativa. Isto significa que os outros não podem proibir a sua livre expressão, mas significa também que não são obrigados a fornecer os meios materiais para a garantir. Porque é que não funda um Blog?

Beijos liberais da sua
Querida Liberdade

 
Estado Novo e Capitalismo

Sobrevive o mito segundo o qual o Estado Novo era um regime capitalista. Mas o capitalismo é o sistema económico em que todas as trocas de bens e serviços são livres. Não há trocas livres sem indivíduos livres. Não há economia de mercado quando o estado promove monopólios através da força da lei. O Capitalismo é incompatível com o Colonialismo.

 
A Mula da Cooperativa

Num estado liberal, um grupo de socialistas pode iniciar uma cooperativa. Num estado socialista, nenhum liberal pode abrir uma padaria.

 
Guerra Semântica

Quem controla o significado das palavras controla a mente dos falantes.

 
Liberalismo

Corrente política que defende a rigorosa separação entre a esfera publica e a esfera privada.

 
Liberalismo

Corrente política que defende que cada individuo tem direito a todas as liberdades negativas incluindo a liberdade de não ser coagido a contribuir para as liberdades positivas dos outros.

 
Voz do Deserto

Agradecemos à Voz do Deserto a invenção dos posts curtos.