Liberdade de Expressão

 

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terça-feira, abril 29, 2003

 
Redistribuíção e qualidade da Informação

O Cruzes Canhoto, ao responder aos meus posts resolveu fazer um resumo da minha posição:

"O Mundo é imperfeito, há ricos e há pobres, atingir a chamada justiça social é impossível por isso não vale a pena esforçarmo-nos. Os pobres não chegam à universidade e até andam a pagar o curso a quem lá anda e isso é que está mal. Mais vale dificultar o acesso dos pobres ao ensino superior, mesmo que seja o Alcino para a UBI (A UBI tem um ensino de qualidade! - Waldorf) a ser toda a gente a pagar o curso".

Claro que qualquer semelhança deste resumo com a minha posição é mera coincidência. Vou ter que explicar melhor:

Qualquer política redistributiva deve basear-se em informação de qualidade sobre os rendimentos de cada individuo. A informação disponível é imperfeita. Mas se o objectivo é mesmo atingir a chamada justiça social, o melhor é usar a informação imperfeita para criar um sistema de propinas diferenciadas do que ignorar essa informação e financiar o ensino superior através dos impostos. O sistema de propinas diferenciadas é sempre mais justo, apesar da imperfeição da informação existente porque:

  • os ricos que fogem aos impostos safam-se sempre qualquer que seja o sistema de financiamento. Se o ensino superior for financiado pelos impostos, eles não contribuem porque não declarando rendimentos, não pagam impostos. Se o ensino superior for financiado pelas propinas, eles não contribuem porque, não declarando rendimentos, ficam isentos de propinas;
  • quem não frequenta o ensino superior não o financia.