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quarta-feira, maio 19, 2004
Porque é que o estado não deve baixar os impostos sobre combustíveis
O Verdade da Mentira diz:
Em conclusão, o ISP [Impostos sobre os Produtos Petrolíferos], imposto ?cego? perante um aumento desenfreado da matéria prima, penalizará fortemente não só as famílias, mas a recuperação de grande parte da nossa economia numa altura em que a retoma tarda e que dez novos adversários acabam de entra no nosso competitivo mercado.
O petróleo consumido pela economia portuguesa terá que ser pago pela economia portuguesa. As consequências do aumento do preço do petróleo para a economia portuguesa só podem ser evitadas se o consumo for racionalizado e baixar. Mas se o estado baixa o ISP, baixa igualmente os incentivos para que:
- os agentes consumam menos
- os agentes mudem para combustíveis e fontes de energia mais baratas
- os agentes mudem para processos mais económicos
Ou seja, se o estado mascara a subida do petróleo com o abaixamento do ISP, a economia portuguesa continua a consumir alegremente como dantes, como se o petróleo fosse durar para sempre. O país pagará mais, e não menos por causa disso. Se o ISP tinha o valor correcto no início do ano, então não é agora, quando devemos racionalizar o consumo, que o ISP deve baixar.
O facto de um aumento do preço de petróleo se propagar por toda a economia é uma coisa boa, e não uma coisa má. Esse aumento de preço é um incentivo para que os agentes económicos se adaptem ao novo preço do petróleo, o que acabará para contribuir para a necessária redução do consumo. Todos os agentes económicos tentarão encontrar soluções para economizar combustíveis.
Nota: o ISP é até um dos impostos menos cegos porque se baseia num indicador que é proporcional ao uso das estradas.
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