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quinta-feira, fevereiro 26, 2004
Um fiscal por caixote do lixo
Um(a) reponsável do governo pelo ambiente dá hoje uma entrevista ao DN. À pergunta: O que vai mudar no novo regime geral dos resíduos, em preparação?
O(a) sr(a) do governo responde:
Queremos partilhar a responsabilidade da reciclagem, uma obrigação apenas cumprida pelas entidades públicas. Se tem um ecoponto ao pé de casa tem obrigação de lá pôr embalagens separadas. Queremos obrigar os cidadãos a fazerem a triagem dos resíduos e a depositarem-nos em locais adequados. Previmos coimas de 25 a 100 euros para quem não cumprir. Os sistemas terão objectivos de reciclagem específicos. Queremos que as metas gerais do País sejam cumpridas devido a um esforço de todos e não só de alguns.
Está cá tudo.
O governo nos seus planos quinquenais estabelece metas para toda a sociedade com base na nova religião do ambientalismo. O cidadão é forçado a contribuir para fins com os quais pode não concordar sob pena de pagar uma quantia arbitrária que nada tem a ver com as externalidades por si produzidas. O custo da reciclagem nem sequer é tido em conta porque o tempo, a paciência e o trabalho de cidadão são considerados gratuitos. Finalmente, e como sempre, a solução não é viável porque o estado não pode colocar um fiscal em cada caixote do lixo.
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