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quinta-feira, fevereiro 26, 2004
Um fiscal por caixote do lixo II
Declarações delirantes do Secretário de Estado do Ambiente. Pergunta o jornalista como é que o estado vai fiscalizar os cidadãos . Como é que o estado vai descobrir quais são os cidadãos que separam o lixo e quais os que não o separam? Para depois se aplicar a multinha. No fundo, se vai haver um fiscal por caixote do lixo?
O Secretário de Estado responde que os serviços camarários têm já a capacidade de, abrindo um saco do lixo, identificar o cidadão que produziu o seu conteúdo. E que a coisa se fará por aí.
Eu estou-me nas tintas para os óbvios problemas de irrealidade do Secretário de Estado do Ambiente. O homem parece inofensivo e é improvável que consiga fazer alguma coisa verdadeiramente desastrosa. Alguém mais sensato acabará, depois de uma boa gargalhada, por o meter dentro de um colete de forças.
Estou mais preocupado com a minha privacidade. Eu desde já exijo que o meu lixo seja equiparado às minhas telecomunicações . Exijo que o meu lixo só possa ser aberto por ordem de um juiz e exijo que toda a informação irrelevante seja apagada dos arquivos dos fiscais do lixo. E vou começar a encriptar o meu lixo para confundir os fiscais. E sou contra o cruzamento dos dados obtidos no lixo com os dados da segurança social.
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