|
sexta-feira, fevereiro 06, 2004
Pensar é mais fácil que fazer
A informação é cara.
Bush invadiu o Iraque porque pensava que o Iraque tinha armas de destruíção maciça. O Iraque não tinha armas de destruíção maciça, logo Bush não devia ter invadido o Iraque.
O que é que está errado neste raciocínio?
Várias coisas.
Toda a gente sabe que o Bush não invadiu o Iraque por causa das armas de destruíção maciça que o Iraque pudesse ter. A realidade é bem mais complexa que isso. As pessoas deviam deixar de acreditar em propaganda.
Toda a gente sabe que o Bush invadiu o Iraque por causa do petróleo. É só fazer as contas. Quanto é que os Estados Unidos gastaram com a guerra e com a ocupação do Iraque? E quanto é que ganharam com o petróleo? Pois ...
Mas não nos podemos esquecer que o Bush é estúpido. Sendo estúpido, tendo que tomar decisões a partir de informação imperfeita, tende a errar. Bush não tem a omnisciencia e a omnipotência dos comentadores de esquerda que tudo sabem a priori e tudo podem com a força do pensamento.
A guerra e a espionagem são ciências exactas. Qualquer comentador de esquerda conseguiria dirigir a agência de espionagem perfeita que tudo saberia, que tudo descobriria. Que seria invulnerável à contra-espionagem, à desinformação, à traição, à incompetência e aos interesses privados dos seus agentes. Porque para os comentadores de esquerda a informação é de borla. Aliás, para que serve a espionagem se tudo se pode saber sem esforço?
Os comentadores de esquerda, como são omniscientes, sempre souberam que não existiam armas de destuíção maciça no Iraque, da mesma forma que sempre souberam que Bagdad se tonaqria na Nova Estalinegrado. E por isso julgam uma decisão de Bush tomada em Março de 2003 à luz da informação disponível em Fevereiro de 2004.
A experiência entretanto adquirida é inútil. A experiência é inútil para os omniscientes. Só os estúpidos homens de acção aprendem com a experiência porque são os únicos que têm alguma coisa a aprender.
|