Liberdade de Expressão

 

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sábado, janeiro 10, 2004

 
A eterna questão do salário mínimo

O Avatares de Desejo resolveu comentar este post do Jaquinzinhos

Na Comunicação Social: O salário mínimo aumentou 30 cêntimos por dia. A carcaça aumentou 25%.
Visão alternativa: O salário mínimo aumentou 2,5%. A carcaça aumentou 2 cêntimos.
Visão liberal: Os salários são acordados entre empregador e empregado. Os preços são livres.



dizendo:

O JCD deve ser o último dos liberais, já tenho debatido com muitas visões ditas liberais que defendem a flexibilização do mercado de trabalho como forma de agilizar a concorrência, mas a proposta dele é de longe a mais arrojada.
Ao pé do JCD o Bagão Félix é um perigoso sindicalista. Não perceber que o trabalho é um contrato de tipo especial, que parte de uma assimetria entre o empregador - que detém os meios de produção - e o trabalhador... Não perceber que o direito de trabalho cumpre a função de mitigar essa assimetria estrutural ... Não perceber que a inexistência de contratos daria lugar a relações de exploração e situações de profunda precariedade no assalariado (veja-se a situação de tantos imigrantes ilegais)... Não perceber que o direito de trabalho é um elemento que estrutura a possibilidade de um bem-estar social mais alargado... Deus nos salve do teu liberalismo.


O Avatares não percebeu. Os salários são mesmo acordados entre empregador e empregado. Apesar da lei. E quando não há acordo, o trabalhador fica no desemprego. Não há lei do trabalho que obrigue o empregador a contratar um empregado. Tal como não há lei do trabalho que produza almoços grátis ou mude os princípios fundamentais da economia.

Se o governo fixa um salário mínimo mais elevado, o empregador deixa de contratar trabalhadores que para ele valem menos que o salário mínimo e o desemprego aumenta. O empregador deixa de ser empregador e passa e investir em sistemas que lhe permitam passar sem empregados (exemplos: máquinas de vendas, via verde, sistemas de self-service).