Liberdade de Expressão

 

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terça-feira, dezembro 23, 2003

 
Observatório da Blogosfera

1. A tragédia, o horror: os frescos deixaram de funcionar correctamente. E agora?

2. Bem visto, Charlotte:

Contradição do dia: se o Jorge Ritto está em prisão preventiva e inocente até prova em contrário porque é que o argumento do juiz Rui Teixeira para a continuação da prisão preventiva é o de receio de continuação de práticas criminosas?


3. O Valete está em forma.

4. A nova lei da expropriação dos centros urbanos foi bem criticada no Picuinhas:

Oficializar o roubo? Salazar fixou as rendas urbanas de Lisboa e Porto. Após o 25 de Abril essa medida "social" foi estendida a todo o país. O resultado está à vista. O mercado de arrendamento praticamente desapareceu, os senhorios praticamente faliram, os prédios degradaram-se, os portugueses jovens são hoje quase todos candidatos a proprietários, a mobilidade dos cidadãos reduziu-se, pois se são proprietários não querem pagar os impostos associados a todas as trocas de habitação (mais valias e sisa) e se são inquilinos não querem perder a sua renda artificialmente baixa. As cidades foram envelhecendo com os seus habitantes. Os senhorios tornaram-se nos financiadores da política de rendas baixas do estado, que não gasta um tostão com a sua generosidade.


e no Mata Mouros:


Este Decreto é manifestamente injusto pelo seguinte:

1. As rendas nos centros históricos urbanos são de valor residual, fruto de medidas pretensamente proteccionistas do tempo de Oliveira Salazar que casaram facilmente com os idos do PREC e a lógica socialista ulterior.

2. Na maioria dos casos o valor das rendas não possibilita aos senhorios pintar uma pequena parede, quanto mais fazer obras de manutenção.

3. Esta solução é a pior possível. É estatista. É coerciva. Os agentes do acto administrativo ablativo do direito de propriedade são "sociedades" públicas folcloricamente travestidas de privadas. Esta medida ignora a verdadeira causa da questão.


4. O Cataláxia voltou a escrever

5. O Terras do Nunca tem uma posição coerente contra a guerra. Como estamos no Natal, não vou implicar com algumas pequenas arestas por limar:

Fui, desde a primeira hora, contra a intervenção no Iraque, mais devido ao que entendo deverem ser as relações internacionais, do que por causa do que estava em jogo. As armas de destruição maciça e eventuais conexões terroristas são, assim, aspectos secundários. Acho é que uma intervenção militar externa não constitui um modo aceitável de derrubar uma ditadura, ou, se quisermos, de democratizar seja o que for. Entendo que a democracia genuína pressupõe uma pré-etapa de autodeterminação - são os povos que decidem viver em democracia. Foi assim em Portugal, como foi assim na Europa de Leste, por exemplo.


6. O Pedro Mexia faz um longo resumo sobre a sua posição pró-guerra.

7. O Jaquinzinos também analisa a questão das estatísticas de pobreza:

Ooops... espera aí! Como? Então... a Irlanda tem um PIBpc que é 125% do PIBpc da UE. Ora, 60% de 125%... dá 75%... Mais do que a média portuguesa. Mais de metade da população portuguesa é pobre segundo o padrão irlandês! Mas então... onde é que há mais pobres, em Portugal, ou na Irlanda? E se aplicássemos o critério, por exemplo... a Cuba? Segundo este critério, não há pobres em Cuba. São quase todos igualmente miseráveis, mas ninguém está abaixo de 60% da média nacional. Em Cuba, pobre só se tiver um rendimento inferior a 100? por mês.


8. O Contra-Corrente também analisa o problema do outing:


Por outro lado, não penso que um ministro, por ser homossexual, tenha de lutar pelos direitos dos homossexuais, assim como ninguém espera que um ministro filiado na Igreja Universal do Reino de Deus se preste à constituição de uma task force que vise a difusão do ideário da IURD.
Para terminar, penso que os direitos dos homossexuais são os mesmos dos heterossexuais, bissexuais, abstémios, etc. Sinceramente, penso que do lado dos homossexuais subsiste, por vezes, um excesso de auto-vitimização e um déficit de bom senso na forma como exigem protecção e um estatuto de excepção. Estou com Hayek quando ele afirma que as leis gerais - fortes, claras e abrangentes - são preferíveis a preceitos particulares e supostamente cirúrgicos.


9. Claro que a homossexualidade real nada tem a ver a homossexualidade militante. Ou antes, quando as duas se misturam, as contradições são óbvias. Não acreditam? Leiam as mentes assumidas. Uma pequena parto do que por lá se diz:


Digo no post que deu origem ao seu comentário que não creio no dogma da infalibilidade do Papa, pelo que me permito discordar de muitas das suas posições - divórcio, adopção, eutanásia e, evidentemente, homossexualidade. Ou seja, Anabela, lá porque sou católica e não tenho receio de o afirmar (ainda que já soubesse que nenhum dos meu "vizinhos" o é), isso não significa que aceite tudo o que a minha Igreja impõe.


10. Vários Blogs citaram e escreveram sobre coisas que foram escritas neste Blog. Obrigado! Correndo o risco de não citar todos, aqui fica uma lista: Mata Mouros, Valete Frates, Contra Corrente, No Arame, País Relativo, 4a Ferida Narcísica, Manifesto Pessimista, Ortografias desafinadas, Linhas de Esquerda, Causa Liberal, Abrupto e Caso Arrumado.