Liberdade de Expressão

 

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quarta-feira, dezembro 31, 2003

 
Artigo do dia

Responde, e bem, a este artigo de Miguel Sousa Tavares. A não perder:

Os Benefícios do Conservadorismo

Onde se pode ler a melhor justificação conservadora da guerra do Iraque. A guerra era a única forma de os americanos conservarem o controlo sobre o seu próprio destino:


Um conservador nos Estados Unidos defende a guerra no Iraque porque de outro modo os americanos estariam a confiar na sorte e não, como diria Maquiavel, nas "suas próprias armas". O argumento nunca foi o de que a guerra era a escolha certa, pois todos sabiam que era impossível saber isso com antecedência. Ainda hoje nos parece impossível saber conclusivamente qual teria sido a melhor opção, ou o que deve ser feito nos meses que se seguem. O argumento era antes o de que competia aos americanos decidir. E isso parece difícil de negar. Quem discordou da guerra diz que a decisão deveria ter sido outra. Seria sempre uma decisão.


Outra passagem muito boa:

Um conservador diria isto: conservar significa literalmente "continuar a ter". Um conservador em Portugal veria com bons olhos a liberalização da tourada. Não porque seja uma tradição, e as tradições mereçam ser preservadas, mas para que a morte dos animais de que nos alimentamos não nos seja ocultada e tudo se passe em segredo como se nada realmente se passasse.


E mais outra:

Qualquer decisão envolve risco, mas não decidir envolve a totalidade do risco e nenhuma responsabilidade. Não estaremos longe da verdade, se dissermos que um conservador desconfia de todos os problemas resolvidos, que nas mais das vezes não lhe parecem resolvidos, mas simplesmente ignorados ou abandonados. Por isso nos parece a ideia de interesse uma ideia muito conservadora.




E outra ainda:

Curiosa a ideia de que leis antigas devem ser menos democráticas, corrompidas por interesses privados, do que leis acabadas de fazer. Na verdade, faz muito pouco sentido, pois quanto mais antiga for uma solução para um problema, menos dependente tenderá a ser das circunstâncias em que foi defendida. Desconfio que nenhuma lei pode ser adoptada sem a influência de interesses privados; mas esta influência será menor, se a lei permanecer e os interesses mudarem, como sempre mudam.