Liberdade de Expressão

 

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quarta-feira, outubro 22, 2003

 
Os Media, o segredo de justiça e a transparência do sistema político

Diz o Aviz

Ana Gomes diz que este caso — o da Casa Pia — continuará a ser, para o PS, um «combate político» (entrevista de sexta-feira na Antena 1, ao fim da tarde). É por isso que eu temo, sinceramente, um acordo de Bloco Central sobre a matéria. Todos os sinais estão por aí, dispersos. Questão de marketing patriótico.


Acrescenta o Abrupto

Eu também temo, e espero que não. Mas já há demasiadas conversas privadas e circulação privilegiada de informação para meu gosto. Para os políticos, é fundamental, nestes casos, respeitar em absoluto a separação de poderes.
Nesta matéria nunca se toca em privado, em confidência, em nenhuma circunstância. Quem o faz, queima-se.


Pois. Ontem foi o dia em que toda a gente se preocupou com o segredo de justiça, principalmente com a sua divulgação nos Media. Mas a verdade é que entre o dia 9 de Maio e o dia 21 de Maio um suspeito e todos os seus amigos mais próximos tiveram acesso a informação em segredo de justiça. Durante esse período um hipotético acordo de Bloco Central sobre a matéria teria sido mais fácil de abafar que depois do dia 21 de Maio.

Aqueles que durante 11 dias beneficiaram de uma violação do segredo de justiça são os mesmos que agora se indignam com a sua violação. O que nos leva a pensar que o problema para estas pessoas não é a violação do segredo de justiça, mas a perda do monopólio de informações previligiadas que detinham. Sim, porque todos os dados sugerem que o tráfico de informação em segredo de justiça é comum entre as nossas elites políticas.