Liberdade de Expressão

 

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segunda-feira, outubro 13, 2003

 
Notas sobre o caso Casa Pia

1. Paulo Pedroso quando saiu da prisão não era deputado.

2 . Paulo Pedroso, quando se candidatou a deputado não era acusado de pedofilia. Os seus eleitores estão agora a ser representados por uma pessoa acusada de pedofilia. O que pensarão de tudo isto?

3. Pacheco Pereira resolveu dizer na SIC que Paulo Pedroso é inocente. Confundiu epistemologia com ontologia, certeza com verdade, presunção de inocência com inocência.

4. Se, do ponto de vista criminal, o ónus da prova está do lado da acusação, do ponto de vista político, o ónus da prova está do lado do político. O eleitor céptico, na dúvida vota no candidato que não tem problemas com a justiça.

5. Paulo Pedroso tentou lançar a ideia de uma espécie de Comissão da Verdade e Reconciliação para analisar crimes de pedofilia já prescritos. E a ideia até foi elogiada. Se a prova de crimes não prescritos já é dificil, imagine-se a prova de crimes prescritos. Eu tenho uma ideia melhor: uma caça à bruxas.

6. O Tribunal da Relação colocou a fasquia tão alta que, a serem mantidos aqueles critérios, é pouco provável que algum dos arguidos seja condenado.

7. A defesa de Paulo Pedroso multiplica-se em declarações aos meios de comunicação mas não reconhece igual direito ao Procurador.

8. O Juiz Rui Teixeira prestou declarações pela primeira vez para dizer que não aceita ser nem aquilo que os seus detractores dizem que ele é nem aquilo que os seus "apoiantes" querem que ele seja.

9. Ana Gomes subiu ao nível do Muito Mentiroso.

10. Gostei de saber que Ana Gomes está tão bem informada como qualquer um de nós sobre tudo isto.

11. O que é que o PS ganha ao hostilizar o Procurador e o Juiz Rui Teixeira?

12. A luta de classes continua. De um lado os que se identificam com Miguel Judíce lêem o Público, vêem a Sic Notícia do outro, os que se identificam com Pedro Namora, lêem o Correio da Manhã e vêem a TVI.

13. Hoje é dia ímpar. É dia de Souto Moura ser criticado por não falar.