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terça-feira, outubro 21, 2003
Das decisões da opinião pública não se recorre para os tribunais
Diz Vera Jardim:
"já foram alvo de apreciação no processo [de pedofilia] e não constituem, por isso, matéria nova".
"Bem pelo contrário, essas escutas foram tidas como completamente inócuas pelo Tribunal da Relação de Lisboa, no acórdão de 8 de Outubro passado, que mandou restituir à liberdade Paulo Pedroso, como foi abundamentemente divulgado"
Lamento, mas em política não são os tribunais que decidem o que é inócuo. É o eleitor. Seja como for, o mesmo tribunal da relação parece ter decidido em sentido contrário no dia seguinte.
Vera Jardim disse ainda que Ferro Rodrigues prestou perante o procurador titular do processo de pedofilia, João Guerra, a 4 de Junho passado:
"depoimento amplo e detalhado sobre toda a matéria dos autos, tendo nesse depoimento esclarecido tudo o que se referia às conversas telefónicas objecto das escutas que foram feitas ao seu telefone particular"
Mas o problema é que Ferro Rodrigues não prestou nenhum esclarecimento aos eleitores. Antes pelo contrário. Em _Junho, Ferro Rodrigues tentou ocultar ao eleitor os motivos pelos quais foi interrogado.
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