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quarta-feira, setembro 10, 2003
Os governados desconfiam ds governantes porque essa é a atitude mais racional que podem ter. A assimetria de informação que existe entre governantes e governados que favorece os primeiros leva os segundos a adoptar uma atitude céptica. O ónus da prova está sempre e em permanência do lado dos governantes e essa é a situação mais saudável que pode haver. A forma como o projecto de constituíção foi feito e a forma como vai ser aprovado só vem dar razão ao cepticismo dos governados. O PG defende que parte da população não sabe ler nem escrever. Pode até ser verdade. Mas isso não impede essa mesma população de tomar a atitude mais racional possível na sua circunstância. E na ignorância, a atitude mais racional é o cepticismo. O povo pode ser ignorante, mas não é parvo. O PG parece defender uma posição que eu considero extraordinária. A de que a constituição não deve ser referendada porque há o risco de o povo votar contra. De todos os argumentos que o PG poderia usar contra um referendo, este é o pior de todos. Afinal, se a constituíção não for referendada, há sempre o risco de o povo ser contra. Que risco é que o PG prefere correr? O PG prefere uma constituição reprovada porque essa é a vontade do povo, ou uma constituição aprovada apesar de o povo ser contra? JoaoMiranda 12:34 da manhã
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