Liberdade de Expressão

 

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domingo, agosto 24, 2003

 
Quais são os sentimentos dos iraquianos? II

O autor do BLOGUITICA INTERNACIONAL fez alguns comentários ao meu último post.

A minha intenção não era discordar ou contestar as opiniões do autor do BLOGUITICA INTERNACIONAL. Só pretendi acrescentar algo que é importante para a compreensão do que se passa no Iraque.

Eu não preciso de saber quais os sentimentos gerais dos iraquianos para saber que alguns iraquianos têm sentimentos antiamericanos. Basta que uma pequena minoria tenha sentimentos anti-americanos para que ocorram atentados. Os atentados por si só não são evidência de anti-americanismo generalizado.

Da informação que existe, eu posso facilmente concluir que, no Iraque, existem sectores minoritários suficientemente anti-americanos para fazerem atentados. Mas as informações que existem não permitem concluir que existe uma grande vaga de apoio aos atentados contra forças americanas ou que existe uma grande vaga de anti-americanismo no Iraque. Nada mostra que a esmagadora maioria dos iraquianos prefira a ausência dos americanos à sua presença.

Os sentimentos dos iraquianos também não podem ser deduzidos dos nossos próprios sentimentos nem dos sentimentos de Vieira de Melo. Nenhum de nós viveu durante 30 anos sob uma ditadura sanguinária. Nenhum de nós é curdo. Nenhum de nós viu morrer a família à mãos de um regime autoritário. Nenhum de nós é xiita.

O autor do BLOGUITICA INTERNACIONAL diz que "não gostaria de ver tanques norte-americanos ou espanhois em Lisboa". Eu pergunto: tanques norte-americanos ou espanhois em Lisboa em alternativa a quê? Se for em alternativa a um ditador sanguinário ou à guerra civil, eu prefiro os tanques americanos.