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sábado, junho 28, 2003
Correio dos Leitores II
Do leitor J. P. recebi o email seguinte, relativo a este post do Nelson de Matos:
O senhor D. Quixote preocupado com a concorrência quer que os estados legislem para o proteger e livrar dos malvados dos concorrentes que, conforme está escrito no céu, ou na Constituição, editam com menos qualidade do que ele, já que são marcas brancas, repugnantes e perigosas. Mas sobretudo ainda tem a lata de invocar a protecção dos autores, quando eu e todos os autores deste país somos explorados por essa cáfila que dá pelo nome de editores, que editam «por caridade» os nossos livros e só por caridade nos conseguem dar 5% do preço de capa (sem IVA). 5% de direitos sobre um n.º de exemplares vendidos DECLARADO PELO EDITOR! O autor só teoricamente tem garantias, por exemplo, de vistoriar os armazéns, mas como pode saber quantos foram vendidos se os editores alegam que eles estão nos retalhistas, ou em depósitos? Como pode o autor saber que eles não foram simplesmente incobrados (porque cobrar pode dar prejuizo ao editor ou este, estando a habituado a nâo dar contas, vai roubando na conta do autor os
extraviados, os mal controlados, os roubados, os negligenciados pelos serviços medíocres de certas editoras) ou mesmo vendidos sem que isso se reflicta no stock oficial?
Sei lá se os ofereceu às livrarias, aos amigos, aos jornalistas que depois os oferecem à família ou aos amigos? Este choradinho dos editores dá-me a volta ao estômago [...]
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